O Registro BR é uma plataforma brasileira pertencente ao NIC.BR, o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto Br.
Tem por meta a venda de domínios para sites com a famosa extensão “.br”. Em paralelo faz a gerência para a distribuição dos IPV4, IPV6 e ASN (Sistemas Autônomos) em todo território nacional.
Que por sua vez o IPV4 (Protocolo de internet versão 4) identifica e encaminha os pacotes de dados a uma rede, contendo um endereço IP de 32 bits, dividido em quatro números decimais separados por pontos.
O IPV6 (Protocolo de internet versão 6), representa uma evolução maior que o 4 resultando num aumento exponencial dos números de dispositivos conectados à internet.
Já o ANS são identificadores numéricos atribuídos a redes ou organizações na internet que participam do protocolo de roteamento BGP (Border Gateway Protocol). Em outras palavras, é um grupo de redes que são administradas e operadas de forma autônoma por uma única organização ou entidade.
Dito isso, não se pode confundir o Registro BR com hospedagem de site. Pois, no primeiro se está reservando o domínio e não a compra ou assinatura de nenhum tipo de hospedagem; já que existem sites específicos para esta finalidade, como a Hostgator.
O Registro BR também não oferece registros de domínios internacionais como, por exemplo, .com. .net, etc. Neste caso deve-se registrar diretamente com o provedor de sua preferência.
Este será o nosso assunto, neste primeiro episódio da série do Registro BR. Boa leitura!
Contexto histórico do REGISTRO BR na internet brasileira
Em tudo há um começo e aqui o pontapé inicial foi em 18 de abril de 1989, com Jon Postel (IANA), responsável pela atribuição de domínios de topo.
Nessa época delegou o “.br” ao um grupo que operava redes acadêmicas na Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo).
A extensão “.br” inicialmente se utilizou de identificação de máquinas do ambiente acadêmico, e os registros eram feitos manualmente.
Diante de tais testes e aplicações, Postel, considerou o Brasil pronto para administrar o ‘.br’ e delegou a missão a Demi Getschko, então diretor presidente do NIC.br.
Todavia, em 1991, com a internet já estabelecida no Brasil, criou-se uma estrutura de nomes sob o “.br” contemplando subdomínios, como: “gov.br”, “com.br”, “net.br”, “org.br” e “mil.br” – respectivamente destinados ao Governo, empresas, organizações sem fins de lucro e forças armadas.
Mas foi a partir de 1994, com a expansão da internet no país na área comercial, que o “.br” passou a crescer rapidamente: de 851 domínios registrados em 1995, alcançava mais de 7.500 nomes no mês de dezembro de 1996.
O processo passou a ser automatizado e a marca de 1 milhão de domínios foi atingida em 2006, dez anos após.
Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.BR)
Neste contexto não se pode deixar de mencionar o papel do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.BR).
Que cria, supervisiona e faz direcionamento estratégico do Registro.br. Esta entidade é responsável pela administração dos domínios de topo de código do país (ccTLD) “.br”.
Pode-se definir também o CGI.br como uma instituição multidisciplinar e multissetorial composta por representantes do governo, da sociedade civil, setor empresarial e comunidade acadêmica, com o propósito de coordenar e promover o desenvolvimento da internet no Brasil.
A entidade atua desde 1995 e assumiu a tarefa de criar o Registro.br para ser responsável pela operação técnica e administrativa dos domínios nacionais.
Tal decisão se baseou na necessidade de garantir um sistema de registro de domínios que fosse transparente, imparcial e alinhado com os interesses da sociedade brasileira.
Neste contexto histórico, a função do REGISTRO BR promoveu a identidade online de empresas, organizações e instituições brasileiras, expandindo-se seus negócios, alcançando um público amplo e claro, criando oportunidades.
Outra função da CGI.BR é na segurança. Exercendo políticas e práticas que previnem abusos, como ciberataques, phishing e fraudes, ajudando a manter a integridade online.
Estrutura Organizacional do Registro Br
O NIC.br, diferente do CGI.BR, é composto por diferentes divisões, e o Registro.br é uma dessas.
A estrutura organizacional é projetada para fornecer especialização técnica e operacional em várias áreas relacionadas à internet e ao gerenciamento de domínios.
Outras divisões do NIC.br incluem áreas como segurança, estatísticas, PTT (Pontos de Troca de Tráfego), pesquisa e desenvolvimento, entre outras.
O Registro.br é responsável pela administração dos domínios de topo de código do país (ccTLD) “.br”. Suas principais operações incluem:
- Registro e Manutenção de Domínios
- Resolução de Conflitos
- Desenvolvimento de Políticas
- Transparência
- Inovação e Desenvolvimento
Tendo o Registro BR a função mais alta na hierarquia do GGI.BR, opera em colaboração com entidades garantindo a coordenação, desenvolvimento e regulamentação eficazes da internet no Brasil. Das quais podemos citar:
- Setor privado
- Governo
- Instituições acadêmicas
- Sociedade Civil
- Entidades técnicas e Operadoras de rede
Então, sabia destas informações técnicas e históricas que compõem o Registro Br.
Esse é o primeiro artigo de uma série de quatro. Fique ligado aqui no blog da Action Lead e faça a melhor escolha de domínio.
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